O impacto femoroacetabular (IFA) é caracterizado pelo impacto que acontece no encaixe do quadril, entre o fêmur e o acetábulo (de forma simplificada, entre o osso da coxa e parte da pelve, que faz parte da articulação do quadril).
A condição ocorre devido ao contato precoce durante o movimento, causando dor no quadril e comprometendo a mobilidade.
A característica deste impacto femoroacetabular do tipo PINCER, também chamado de “pinçamento”, está na deformidade que é causada por um excesso ósseo no acetábulo.
Ele é mais comum em mulheres e prejudica os movimentos de rotação, abertura das pernas e flexão do quadril.
Este tipo tem maior incidência em homens jovens e se trata de uma camada de osso a mais na região antero-lateral do colo do fêmur, o que aumenta o contorno ósseo da área. Com isso, a estrutura que em sua função correta é redonda, se torna ovalada, com uma espécie de “lombada”.
O CAM é um dos principais responsáveis por lesões do labrum e da cartilagem do quadril, pois o atrito prejudica a junção entre a cartilagem e o labrum (que reveste o acetábulo e também é uma cartilagem).
Como o nome sugere, é a associação dos dois anteriores: o PINCER e o CAM no mesmo lado do quadril, e é o tipo mais comum, chegando a uma incidência de 80% dos casos.
Nem sempre o quadro apresenta dor no quadril, mas quando ela está presente, se localiza na virilha e pode irradiar para a lateral do quadril ou para o glúteo.
No entanto, os sintomas mais característicos dizem respeito à mobilidade, já que movimentos como agachar, girar, subir e descer escadas ou ficar sentado por muito tempo ficam prejudicados e podem causar incômodo. Isso se deve ao bloqueio resultante da deformidade óssea na articulação.
O tratamento da síndrome do impacto femoroacetabular pode ser conservador, com o uso de medicamentos, mudanças de hábitos e de atividades físicas, além de abordagem fisioterápica para proporcionar fortalecimento muscular.
No entanto, quando essas estratégias não surtem o efeito esperado para a redução da dor no quadril e manutenção da mobilidade, a intervenção cirúrgica é a solução mais recomendada.
A técnica a ser utilizada nesses casos vai depender da avaliação individual dos sintomas, tipo e grau de acometimento do paciente, mas uma das opções é a artroscopia, que é minimamente invasiva, pois acessa a articulação através de pequenas incisões.
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