De acordo com o instituto nacional do câncer, estima-se que no brasil, ano após ano, são diagnosticados mais de 704 mil novos casos de câncer no país. Mais de 70% destes novos casos, se concentram na região sul e sudeste do país.
A dor no paciente com diagnóstico de câncer é extremamente comum, inclusive, 30 a 40% destes diagnósticos são dados por causa dela. Até 85% dos pacientes com câncer terão dor durante o decorrer da doença e isso se deve a diversos aspectos.
O primeiro que vamos falar é a dor causada pelo próprio tumor, pois o mesmo pode estar em um local comprimindo um tecido por exemplo os ossos, os órgãos e até mesmo alguns conglomerados de nervos.
Outra possibilidade é a dor causada pela própria cirurgia para o tratamento do tumor, atenção especial deve ser dada por toda a equipe cirúrgica, inclusive no pós operatório, pois sabemos que o controle adequado da dor nestes primeiros dias após o procedimento cirúrgico são essenciais para evitar o desenvolvimento de dor crônica pós operatória.
Por muitas vezes, o paciente necessita de terapias complementares para dar seguimento ao tratamento do câncer. Elas não são isentas de efeitos colaterais, tanto a rádio quanto a quimioterapia podem causar dor ao mesmo tempo que tratam a doença de base.
Muitos já ouviram falar que estes tratamentos ainda não conseguem atingir apenas as células doentes, apesar de evoluírem para isso ano após ano. Verificamos uma grande incidência de neuropatia pós radio/quimioterapia.
Para isso, utilizamos algumas ferramentas que vão de medicações isoladas ou associadas, tais como analgésico simples, anti-inflamatórios, antidepressivos, opioides com várias potências de analgesia.
Bloqueios analgésicos simples, possíveis de serem realizados até mesmo em consultório, Rizotomias em nível hospitalar, que nada mais são que agulhas específicas que conseguem aumentar a temperatura até o ponto de inativar o nervo responsável pela dor e implante de cateter no neuroeixo; este procedimento em específico é uma ferramenta muito importante para lidar com as dores de difícil controle, pois introduzindo este cateter, conseguimos diminuir a dose da morfina, por exemplo em até 100 vezes, controlando a dor com menos efeito colateral.
Conhecendo estas opções de tratamento, cada dia mais percebemos que sentir dor não é normal. Como dizia Cicely Saunders: “O sofrimento humano só é intolerável quando ninguém cuida”.
Nos posts seguintes, vamos abordar em detalhes cada uma destas opções de tratamento, para que o paciente ou o familiar que esteja vendo seja capaz de conhecer as diversas técnicas e procurar por ajuda especializada.
Gostou do conteúdo? Esperamos ter ajudado com esse conteúdo. Lembre-se, caso você tenha algum sintoma, procure um ortopedista.
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